8 de ago. de 2013

HTML5 Está Estável O Suficiente?

Em setembro de 2012, Mark Zuckerberg disse em uma conferência do TechCrunch que "Nosso maior erro foi investir em HTML5 ao invés de nos concentrarmos na linguagem nativa. Há apenas dois anos decidimos nos focar em apps nativos. Foi muito doloroso: talvez o maior erro estratégico do Facebook. Apostamos muito em HTML 5 – e não deu certo. Ainda não estava pronto”.

Passado um ano de lá para cá, vem a pergunta: E agora? O HTML5 está estável o suficiente?

Bom, primeiro vamos investigar um pouco o passado do HTML5 e entender porque ele pretende revolucionar a Internet.


Tim Berners-Lee criou a World Wide Web no final da década de 1980. A WWW tinha um código para classificar e vincular as páginas: o HyperText Markup Language - HTML. Na virada do século, em meados de 2000, Berners-Lee previu que o HTML não daria conta de toda a complexidade surgindo na Web. Animações, áudio, vídeo, entre outros elementos começaram a ser criados como aplicativos, pois o HTML não tratava diretamente essas funcionalidades. Isto forçava usuários a baixar plug-ins e os sites se tornaram lentos e complicados.

A Wide Web Consortium (W3C), começou a desenvolver uma nova linguagem de marcação capaz de gerir isso maneira mais eficiente: o XHTML. Não deu muito certo. Em uma conferência em 2004, a W3C e empresas chegaram a um consenso: deixar de lado o XHTML e desenvolver algo realmente compatível com sistemas e navegadores: o HTML5. 

O vídeo abaixo, publicado no YouTube, fala um pouco do HTML5. Está inglês, mas se você preferir, pode acionar o tradutor beta para português.


O HTML5 cria um padrão entre os navegadores utilizados. Sem plug-ins. Pesquisas apontam que até o final de 2013 teremos 1 bilhão de smartphones com HTML5 vendidos no mundo.

Outra mudança importante com o HTML5: armazenar os dados na máquina do usuário, sem que eles tenham de ser guardados no servidor web. Com o HTML anterior isso era impossível. Isso facilita a criação de novas aplicações que funcionam enquanto o usuário está desconectado e somente após a conexão, são sincronizadas as informações e comandos. 

Veja a reportagem do site Olhar Digital sobre o se pode fazer com o HTML5:


O HTML5 ainda não foi totalmente implantado. Se você é desenvolvedor, pode acompanhar as atualizações e especificações no site do W3C

Com a melhoria da tecnologia e seu barateamento, e serviços de acesso à Internet (nem tão baratos assim), veio o aumento geométrico de usuários possibilidades. 

A web cresceu, popularizou-se, e estamos aproveitando de suas funcionalidades. Em apenas um dia 400 bilhões de e-mails são enviados, 200 milhões de pessoas visitam as redes sociais, 600 milhões de status, curtidas e compartilhamentos são atualizados, 250 milhões de fotos são inseridas, 850 mil horas de vídeos são publicados no YouTube. Imagine isso em uma semana, mês ou ano?

O fato é: queremos mais velocidade e mais interação com a Internet. E o HTML5 veio para suprir essas necessidade. A próxima necessidade é sua compreensão, e para isso a Web terá que evoluir para Web Semântica ou Web 3.0

Assista agora, Tim Berners-Lee falando no TED falando sobre o início da Web e para onde está está indo:



E você? O que pensa sobre o assunto? Deixe-nos seu comentário.




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